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Qual a diferença entre sujeito e predicado? 

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Qual a diferença entre sujeito e predicado. Foto: Canva

O estudo da língua portuguesa está diretamente ligado à compreensão dos elementos fundamentais da gramática, sendo o sujeito e o predicado peças-chave na estruturação de frases. 

Este artigo, visa esclarecer de maneira exemplificada as diferenças entre sujeito e predicado, destacando sua importância na construção do significado das sentenças.

Conceituação de Sujeito e Predicado

O sujeito, núcleo da oração, representa o elemento sobre o qual se realiza a ação do verbo. Já o predicado, por sua vez, constitui a informação essencial que o verbo expressa, englobando não apenas a ação, mas também seus complementos.

A oração é a menor unidade sintática com sentido completo na língua portuguesa. Ela é composta por sujeito e predicado, elementos essenciais que desempenham papéis distintos na estrutura da frase. O sujeito é a parte da oração que realiza a ação ou sobre a qual a ação é realizada, enquanto o predicado expressa a ação, o estado ou a ocorrência relacionada ao sujeito.

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O sujeito pode ser simples, quando é constituído por apenas um núcleo, ou composto, quando possui mais de um núcleo. Já o predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal, dependendo da predominância do verbo, do nome ou de ambos na construção da informação.

As diferenças entre sujeito e predicado residem na função que desempenham: o sujeito indica quem ou o quê realiza a ação, enquanto o predicado revela a ação em si. Esses elementos são fundamentais para a compreensão e estruturação da língua, garantindo clareza e coerência nas expressões linguísticas.

Exemplificação da distinção

O sujeito e o predicado são elementos fundamentais na estrutura das frases, desempenhando papéis específicos na comunicação linguística. Vamos explorar os tipos de sujeito e predicado, destacando suas aplicações em frases para uma compreensão mais clara.

Tipos de Sujeito

1. Sujeito Simples:

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   – É constituído por apenas um núcleo, geralmente um substantivo.

   – Exemplo: “O sol brilha intensamente.”

2. Sujeito Composto:

   – Possui dois ou mais núcleos, unidos por conjunção.

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   – Exemplo: “O sol e a lua iluminam a noite.”

3. Sujeito Oculto ou Elíptico:

   – O sujeito não é explicitamente mencionado, mas é subentendido pelo contexto.

   – Exemplo: “Choveu durante toda a tarde.”

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4. Sujeito Indeterminado:

   – Quando não se pode ou não se quer identificar quem pratica a ação.

   – Exemplo: “Dizem que vai chover amanhã.”

Tipos de Predicado

1. Predicado Verbal:

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   – Possui um verbo como núcleo.

   – Exemplo: “Ela estuda para as provas finais.”

2. Predicado Nominal:

   – Tem um nome (substantivo, adjetivo) como núcleo.

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   – Exemplo: “O dia amanheceu nublado.”

3. Predicado Verbo-Nominal:

   – Combina elementos verbais e nominais.

   – Exemplo: “Eles chegaram cansados e famintos.”

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Aplicações em Frases

1. Sujeito e Predicado Simples:

   – “A flor desabrochou ao amanhecer.”

2. Sujeito Composto e Predicado Verbal:

   – “Maria e João correram até o final da rua.”

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3. Sujeito Oculto e Predicado Nominal:

   – “Chovia incessantemente.”

4. Sujeito Indeterminado e Predicado Verbo-Nominal:

   – “Dizem que haverá festa na praça.”

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Compreender a distinção entre sujeito e predicado é crucial para a eficácia da comunicação escrita e leitura, especialmente quando se explora a riqueza da literatura nacional.

A habilidade de discernir esses elementos gramaticais proporciona não apenas clareza na expressão, mas também a apreciação mais profunda das obras literárias.

Nas obras literárias brasileiras, a exploração do sujeito e predicado ganha relevância, evidenciando a maestria dos autores em estruturar frases de maneira significativa.

Ao analisar Machado de Assis, notamos em “Dom Casmurro” uma narrativa intrincada em que o sujeito oculto é habilmente utilizado, adicionando um mistério sutil. Na frase “Chovia na tarde em que Bentinho, inquieto, caminhava pelas ruas do Rio de Janeiro”, o sujeito, não explicitamente mencionado, instiga a curiosidade do leitor, contribuindo para a atmosfera melancólica da cena.

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Em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a estrutura do predicado é explorada de maneira inovadora. O protagonista, já falecido, narra suas experiências de além-túmulo de forma irônica e reflexiva.

Em passagens como “Morri, não sei onde, não sei como, mas morri”, o predicado verbal ressalta a natureza paradoxal da narrativa, capturando a atenção do leitor.

A poesia de Carlos Drummond de Andrade também é um terreno fértil para a análise gramatical. Em “Sentimento do Mundo”, o poema “No Meio do Caminho” apresenta um sujeito aparentemente simples, “um homem que caminha”, mas a simplicidade se desfaz ao explorar as camadas do predicado. “No meio do caminho tinha uma pedra” revela um predicado nominal, destacando não apenas a ação, mas a presença simbólica da pedra como obstáculo na jornada da vida.

A importância de compreender o sujeito e predicado transcende a gramática; ela enriquece a apreciação da literatura. A capacidade de analisar a estrutura das frases em obras literárias nacionais permite uma compreensão mais profunda da intenção do autor e da construção da narrativa.

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